segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Crise aérea não acaba com passe de mágica

Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie


Depois de mais de um ano de crise aérea, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, inaugurou nesta segunda-feira (08), no Rio, o primeiro juizado de conciliação entre passageiros e empresas aéreas, e afirmou que os problemas no setor ainda não acabaram.
"A crise está menos aguda porque ela tem causas estruturais muito amplas. Não podemos imaginar que num passe de mágica ela se resolva. As autoridades estão tomando providências e nós do Judiciário estamos complementando com aquilo que cabe na nossa competência", disse a ministra a jornalistas, na inauguração do juizado especial de conciliação, no aeroporto Santos Dumont.

Segundo ela, ainda são registrados alguns atrasos e cancelamentos de vôo no País, mas o governo está tentando resolver o problema e organizar a malha aérea. "As autoridades do poder Executivo já tomaram uma série de medidas... que já esvaziaram bastante aquela crise inicial que vimos".

Ainda hoje, Ellen Gracie vai inaugurar juizados especiais nos aeroportos de Congonhas e Cumbica, em São Paulo, e no aeroporto de Brasília. Os juizados vão atender casos de overbooking, atrasos, cancelamentos de vôos, extravio e violação de bagagens entre outros.
Ao ser questionada sobre a demora na instalação desses juizados, a ministra disse que foi a crise que alertou para o problema nos aeroportos brasileiros.

"Não tomamos uma atitude antes, porque antes não tinha havido uma crise nestas proporções. Quando a crise surgiu nós começamos a planejar e o resultado está se colhendo agora".
O ministro da Justiça, Tarso Genro, presente à inauguração, também minimizou a demora na instalação dos juizados e disse que "tudo na vida tem um tempo de maturação".

Reuters

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